quarta-feira, 26 de junho de 2013

CASAMENTO GAY

CASAMENTO GAY NO MUNDO

Esta é a hora... de acabar com a discriminação no casamento!

Mesmo sem direito legal, casal gay realiza casamento simbólico na Itália




Com informações do The New York Times

União de Massimiliano Benedetto e Giuseppe Ilaria expõe situação do país predominantemente católico, um dos poucos da Europa que não garante direitos legais aos parceiros homossexuais


Em quase todos os sentidos, o casamento foi bem tradicional. Como não poderia deixar de ser, a trilha sonora era de música era romântica. Trocando anéis de brilhantes, os noivos disseram seus votos com os olhos mareados, selando a união com um beijo apaixonado debaixo de uma barulhenta salva de palmas.

Mas do ponto de vista legal, o matrimônio de Massimiliano Benedetto e Giuseppe Ilaria , realizado no último mês de maio, foi puramente simbólico, já que o país deles, a Itália, não reconhece legalmente o casamento gay.

"Esta celebração não é legal", constata Imma Battaglia , uma das mais proeminentes ativistas dos direitos dos homossexuais da Itália. Foi ela quem oficiou a cerimônia em um hotel de luxo de Roma. "Gays são acusados ??de representar algo perigoso para a família. Mas é exatamente o contrário disso. Massimiliano e Giuseppe estão apenas cumprindo um desejo que reforça o conceito de família", constata ela.

Apesar de não ser legal, o gesto de Massimiliano e Giuseppe representa um ato político, para que a Itália legalize o casamento gay, como já fizeram recentemente o Uruguai e a Nova Zelândia
.


A Itália é um dos poucos países da Europa que não reconhece de nenhuma maneira as uniões do mesmo sexo. Há anos, as tentativas de legalizar o casamento gay naufragam no parlamento italiano. Os partidos de centro-esquerda são indiferentes ao assunto, enquanto os de centro-direita o trata de maneira hostil.

"Nós amamos nossos meninos, como um italiana me sinto um pouco envergonhada", confessa Marinella Benedetto , a mãe de Massimiliano, que o acompanhou o filho até o altar. "Mas os tempos estão amadurecendo para a mudança, que só precisa de um empurrão para ir para frente", prossegue, esperançosa.


Quando o anunciou a cerimônia, o casal foi parar nas manchetes dos jornais italianos. "Um amigo nosso, que veio de Nova York para o casamento, me disse que não conseguia entender toda a polêmica que nossa união provocou", revela Massimiliano.

"Muita gente nos perguntou: 'Por que vocês não se casam no exterior?'", conta Giuseppe. "Mas é importante para nós que a cerimônia fosse em Roma, para que nossas famílias pudessem participar. Não fazia sentido ser algo diferente disso", responde o questionamento.


Organizador de casamento para parceiros do mesmo sexo, Egizia Mondini classificou o casamento de Massimiliano e Giuseppe como parte de uma revolução cultural maior. No entanto, ele se resigna diante da falta de reconhecimento legal do amor dele e do seu marido. "Meu companheiro tem os mesmos direitos que uma babá teria sobre a nossa filha”, lamenta.

Curiosamente, o povo italiano parece ser mais progressista que os seus políticos. Um estudo de 2011, feita pela agência de estatísticas Istat, mostrou que 63% dos italianos são a favor de que casais gays tenham os mesmos direitos que os pares heterossexuais. 



"Nossos políticos não tiveram a coragem de lutar contra este problema", aponta Giuseppina La Delfa , presidente da Famiglie Arcobaleno, uma associação de pais gays. "Eles colocaram suas carreiras em primeiro lugar, eles têm medo de perturbar a opinião pública”, acrescenta.

Alguns críticos locais, apontam a influência religiosa do Vaticano sobre os políticos como o principal obstáculo para a aprovação de legislação dos direitos dos homossexuais. Por outro lado, outros formadores de opinião dizem que isso é só uma desculpa.

Manifestante contra casamento gay invade final de Roland Garros


Um torcedor tentou invadir a Philippe Chatrier, quadra central do complexo de Roland Garros, durante a final da competição de simples masculina. Com um sinalizador na mão, uma máscara e sem camisa, o torcedor em questão protestava contra a aprovação do casamento gay na França, segundo informa a agência AFP.

O torcedor tentou invadir a quadra quando o espanhol Rafael Nadal se preparava para sacar em 5/1 para fechar o segundo set diante do compatriota David Ferrer.

O fã chegou a colocar os pés sobre a quadra de saibro, mas foi rapidamente contido pela ação de seguranças. Ele estava sem camisa e em sua barriga estava escrita a frase, em inglês, kids rights ("direitos das crianças"). De acordo com a agência, ele protestava contra a lei que aprova o casamento gay, promulgada pelo presidente francês François Hollande no último dia 18 de maio.

A interrupção, mesmo que rápida, chegou a desconcentrar Nadal. Este perdeu o game de serviço e viu Ferrer diminuir a desvantagem para 5/2. Na sequência, porém, o hepctacampeão de Roland Garros obteve nova quebra de saque e confirmou a vitória no segundo set por 6/2. Ele já havia vencido a primeira parcial por 6/3. O número 4 do mundo venceria ainda o terceiro set de novo por 6/3 para confirmar o octacampeonato de Roland Garros.

Durante a final, foi vista nas arquibancadas uma faixa que também protestava contra o casamento gay, com a inscrição France tramples on children's rights (A França pisoteia os direitos das crianças). Pouco antes da tentativa de invasão do torcedor, já havia ocorrido um princípio de confusão nas arquibancadas, provocada exatamente por ativistas contrários ao casamento gay.

Também mascarados e sem camisa, quatro torcedores estenderam outra faixa na Suzanne Lenglen, quadra secundária de Roland Garros, na qual pediam a renúncia do presidente François Hollande. Esses fãs também portavam sinalizadores.

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